O esforço diplomático está concentrado na direção de evitar que o evento termine em discussões inconclusivas. Diretora-executiva da COP30, Ana Toni disse a VEJA que o governo brasileiro trabalha para atingir três grandes metas em Belém. O primeiro resultado esperado é o reforço do multilateralismo, ou seja, a necessidade de que os países resolvam os problemas globais juntos, de forma negociada. O segundo é mostrar de que forma os acordos climáticos aprovados pela comunidade internacional já começaram a impactar, para melhor, o dia a dia das pessoas. “Hoje, muitas tecnologias que vêm se tornando cada vez mais comuns, como o carro híbrido, elétrico ou a biocombustível, e o painel solar no telhado de casa, surgiram em muitos casos estimuladas por resolver o problema das mudanças climáticas, ou seja, como consequência desses acordos”, diz Ana. O terceiro resultado almejado na COP30 é acelerar a implementação de medidas não apenas para conter o aquecimento global, mas também para promover a adaptação aos seus efeitos. “Para isso, precisamos ter o engajamento não só de quem estará envolvido nas negociações, mas também dos bancos, do setor privado e de outros atores fundamentais para acelerar as ações climáticas”, completa a diretora-executiva.