A espetacular marca de Gates na vida contemporânea foi esculpida desde cedo pela genialidade, uma das mais intrigantes capacidades do cérebro humano. “O gênio”, escreveu o filósofo alemão Arthur Schopenhauer (1788-1860), “ilumina sua era como um cometa na rota dos planetas”. Habitantes desse panteão nas mais distintas áreas revelaram seu ímpeto para elevar o saber em tenra idade, considerados os feitos que alcançaram. Aos 26 anos, Michelangelo (1475-1564) deu vida a Davi, a portentosa estátua com as veias saltadas no mármore que se agiganta para enfrentar Golias e é a própria expressão da Renascença, uma das mais belas obras da arte ocidental, linda e emocionante. Aos 22, Charles Darwin (1809-1882), que contava ter sido “um garoto muito comum, com intelecto um pouco abaixo do padrão”, pôs-se a bordo do Beagle e zarpou para Galápagos, onde juntaria valiosa observação que, após duas décadas, municiou sua teoria da evolução das espécies. Aos 26, foi a vez de Albert Einstein (1879-1955) prever em sua teoria da relatividade fenômenos que só seriam comprovados no século seguinte, com equipamentos de alta tecnologia.