Além de Bolsonaro, a Polícia Federal acusou outras 36 pessoas pelos mesmos crimes. Na lista estão quatro ex-ministros do governo passado (Walter Braga Netto, da Casa Civil, Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional, Paulo Sérgio de Oliveira, da Defesa, e Anderson Torres, da Justiça), o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem, o ex-assessor internacional da Presidência Filipe Martins, e alguns militares graduados (Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do presidente, e o general Estevam Theophilo Gaspar, ex-membro do Alto-Comando do Exército). O inquérito foi encaminhado, na quinta-feira 21, ao ministro Alexandre de Moraes, que agora vai remetê-lo à Procuradoria-Geral da República, a quem caberá denunciar ou não os suspeitos. Dois dias antes do indiciamento, a pedido da PF, Moraes havia determinado a prisão de quatro militares e um agente da Polícia Federal suspeitos de urdir um plano para matar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o próprio Moraes.